O Banco Central (BC) comunicou nesta quinta-feira, 5 de dezembro, um incidente de vazamento de dados pessoais que afetou 1.500 participantes da segunda edição da pesquisa “O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento”, conduzida entre os meses de outubro e novembro de 2023.
Realizada a cada quatro anos, a pesquisa tem como objetivo auxiliar na formulação de políticas públicas relacionadas aos meios de pagamento no Brasil. Seus resultados são divulgados publicamente, servindo de base para estudos acadêmicos e profissionais.
No dia 29 de novembro de 2024, ao divulgar os resultados da pesquisa, o Banco Central também acabou publicando dados pessoais dos participantes. De acordo com a instituição, essa divulgação ocorreu de forma “acidental, devido a um erro operacional”. O BC destacou que a falha foi detectada pela própria entidade no mesmo dia, sendo a publicação rapidamente removida da internet e substituída por uma versão correta, sem qualquer dado pessoal.
Foram divulgados de forma indevida os seguintes dados de 1.500 participantes da pesquisa: nome, endereço, número de telefone, gênero, etnia, idade, escolaridade, estado civil, faixa de renda, vínculo empregatício, acesso à internet, nível de conhecimento em finanças digitais, posse de conta bancária, meio utilizado para receber a principal fonte de renda, hábitos e preferências no uso de meios de pagamento, frequência de verificação de extratos bancários, facilidade em identificar transações na conta, hábitos de conferência de faturas de cartão de crédito, facilidade em identificar pagamentos na fatura, critérios para escolha de meios de pagamento, fatores que influenciam a opção por parcelamentos, opinião sobre o Pix e hábitos de uso dessa ferramenta.
Conforme informado pelo BC, não houve exposição de senhas, dados sobre movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, nem de qualquer outra informação protegida por sigilo bancário. “As informações obtidas não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, segundo o BC.